Os “Sentáveis no Chão” continuam a série dos Afetodomésticos, em que o seu objeto talvez mais icónico, o banco de taberna, é explorado, desta vez em relação ao contexto. Neste caso, o chão de um armazém, no cruzamento dos rasgos que se fazem no betão com uma rebarbadeira (de modo a controlar a sua fissuração), uma geometria inesperada num espaço aparentemente contínuo.
Esta (falsa) continuidade era igualmente perturbada pelo uso do espaço, em que os empilhadores foram deixando rastos de pneus, quase tão constantes quanto a original cor ocre do chão. Foi nesta dialética entre expressividade e rigor (rasgos e tons) que a manipulação dos bancos encontrou eco (seccionados, mas de forma rigorosa), permitindo as composições que as fotos documentam.